• sábado, 2 de novembro de 2013

    Orações pelos fieis defuntos

    Hoje a Igreja celebra o dia de finados. Qual a importância das orações pelos fiéis defuntos? Para melhor compreendermos, narraremos a seguir um fato extraído dos “I Fioretti” de São Francisco de Assis.
    Frei Conrado de Offida, admirável zelador da pobreza evangélica e da Regra de S. Francisco, operou muitos milagres. Uma vez tendo ido ao convento de Offida, os frades pediram-lhe pelo amor de Deus e da caridade que admoestasse um frade jovem que havia naquele convento que não obedecia às regras e que pelo seu procedimento tão infantil e desordenado perturbava todos daquela família.
    Frei Conrado, por compaixão daquele jovem e pelos pedidos dos frades, chamou à parte o jovem e com fervor de caridade lhe admoestou com palavras tão eficazes e devotas que o jovem subitamente mudou, passando a ser obediente, solicito e piedoso.
    Adveio, como aprouve a Deus, que poucos dias depois desta conversão o jovem morreu. Logo após a morte, sua alma apareceu a Frei Conrado que estava em oração diante do altar, saudando-o devotamente como a seu pai. Frei Conrado lhe perguntou:
    - Quem és?
    - Eu sou a alma daquele frade jovem que morreu há dias.
    E Frei Conrado:
    - Ó filho caríssimo, que é feito de ti?
    - Pela graça de Deus e pela vossa doutrina vou bem, porque não estou condenado, mas por certos pecados meus, os quais não tive tempo de purgar suficientemente, suporto grandíssimas penas no purgatório. Mas te peço, pai, que, como por tua piedade me socorreste quando eu era vivo, assim agora queiras socorrer-me nas minhas penas, dizendo por mim algum Pai-Nosso, porque a tua oração é muito agradável a Deus.

    Então Frei Conrado, consentindo benignamente no pedido, rezou por ele uma vez o Pai-Nosso.
    Disse aquela alma:
    - Ó pai caríssimo, quanto bem e quanto refrigério eu sinto! Peço-te que o digas uma outra vez.
    E Frei Conrado rezou mais uma vez.
    - Santo pai, quando tu rezas por mim, sinto-me todo aliviado; pelo que te peço que não cesses de rezar por mim.
    Então Frei Conrado, vendo que aquela alma era tão ajudada pelas suas orações, rezou por ela cem Pai-Nossos e tendo terminado, o jovem disse:
    - Agradeço-te, pai caríssimo, da parte de Deus pela caridade que tiveste comigo, porque pelas tuas orações estou livre de todas as penas e me vou ao reino celestial.

    E dito isto partiu aquela alma para o céu.

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