Na Antiguidade, o vencedor
de uma competição desportiva recebia uma coroa de louro — laurus nobilis —, planta que, por seu contínuo verdor, era
assimilada à glória que não murcha. Posteriormente, ela tornou-se o prêmio de
generais vitoriosos. À glória militar se associou a intelectual, de maneira que
os vencedores de concursos de poesia também recebiam a ansiada coroa vegetal
como sinal de vitória. Daí a expressão poeta laureado.
Com a queda do Império
Romano, os ramos do loureiro perderam seu carácter de prêmio militar, mas foi conservado
esse significado no campo acadêmico. A universidade, instituição de origem
eclesiástica, a adotou de maneira que o graduando recebia uma coroa de louro — laurus — com folhas e bagas — baccæ —,
passando a ser denominado bacca laureatus — bacharel.
Essa coroa de ramos
novos, ainda com frutos, representava a glória de haver completado um primeiro
grau de formação que o tornava apto para mais altos estudos. O professor que a
impunha, entretanto, portava uma coroa de louro sem bagas, símbolo da glória
escolástica já desenvolvida — laureatus.
A distinção entre
bacharel, mestre (licenciado) e doutor se encontra na Bula Parens
scientiarium, do Papa Gregório IX (1231).
Revista Arautos do Evangelho Jan 2016
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