• domingo, 26 de janeiro de 2014

    Monge Teófilo - Misericórdia de Maria

    Em uma exposição para os pais das jovens que frequentam o centro juvenil dos Arautos do Evangelho em Curitiba, mostrou-se a misericórdia incomensurável de Nossa Senhora que, atendendo à uma  pequena  manifestação de piedade filial, é capaz de fazer as coisas mais extraordinárias; exemplificada através da narração intercalada com encenações teatrais (adaptadas) da história do monge Teófilo que apresentamos a seguir: 


    Vigário da Igreja de Adanas, na Sicília, Teófilo dirigia durante muito tempo, com dedicação e acerto, os bens eclesiásticos. Um dia o Bispo veio a falecer e o povo queria Teófilo para Bispo, dignidade que ele por humildade recusou, respondendo que sua vocação era continuar exercendo as funções de vigário.  Por fim, outro bispo ocupou a sede vacante.
    Tempos depois, porém, falsas acusações lhe valeram a deposição do cargo. Cego de indignação foi procurar um feiticeiro que o colocou em contato com Satanás.
    O demônio lhe disse que, se desejava a sua ajuda, devia renunciar à Fé, à Igreja, à Santíssima Virgem e a Nosso Senhor Jesus Cristo e entregar-lhe o texto de renúncia escrito de seu próprio punho
    Teófilo vacilou por um instante. Porém o ressentimento lhe corroía o coração, e acabou aceitando a proposta.
    No dia seguinte, o Bispo dando-se conta da injustiça que lhe fizera, pediu perdão a Teófilo e o restituiu no cargo.
    Teófilo tinha então fortuna e  prazer, mas um profundo remorso pelo pecado cometido o atormentava no interior e chorava sem cessar.
    Finalmente, não podendo suportar mais tal situação, entrou um dia na igreja, e lançando-se aos pés de uma imagem da Santíssima Virgem, chorou amargamente e lhe disse:
    — Ó Mãe de Deus, não quero desesperar-me. Ainda Vós me restais, Vós que sois tão compassiva e poderosa para me ajudar.
    Assim passou 40 dias a rezar e a implorar o auxílio da Santíssima Virgem. Uma noite apareceu-lhe a Mãe de Misericórdia e disse-lhe:
    — Teófilo, o que fizeste? Renunciaste à minha amizade e à de meu Filho. E por quem? Pelo meu inimigo, e teu também.
    Teófilo, sem deixar de chorar, implorou a misericórdia da Mãe de Deus.
    — Consola-te, que vou rogar a Deus por ti.
    Reanimado por essa promessa, Teófilo redobrou a penitência, a oração e as lágrimas, conservando-se sempre aos pés da imagem de Maria.
    Nossa Senhora apareceu-lhe  e amavelmente lhe disse:
    — Teófilo, enche-te de consolação. Apresentei a Deus tuas lágrimas e orações e Ele as aceitou e te perdoou. Mas de hoje em diante, sê mais grato e fiel.
    O infeliz replicou:
    — Senhora, ainda não estou plenamente consolado. O demônio tem ainda com ele aquele documento horrível pelo qual renunciei a Vós e ao vosso Divino Filho. Podeis fazer que mo restitua?

    Durante três dias Teófilo aguardou prostrado em terra, ao cabo dos quais reapareceu a Virgem trazendo o pacto maldito, que entregou a Teófilo como símbolo do seu perdão.

    Sem perda de tempo,  foi Teófilo à Igreja, e ajoelhando-se aos pés do bispo, narrou todo o acontecido e lhe entregou o nefando documento. O bispo o fez queimar imediatamente diante dos fiéis presentes,  exaltando a bondade de Deus e a misericórdia de Maria para aquele pobre pecador.

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