Hoje a Igreja celebra o dia de finados. Qual a
importância das orações pelos fiéis defuntos? Para melhor
compreendermos, narraremos a seguir um fato extraído dos “I
Fioretti” de São Francisco de Assis.
Frei Conrado de Offida, admirável zelador da pobreza
evangélica e da Regra de S. Francisco, operou muitos milagres. Uma
vez tendo ido ao convento de Offida, os frades pediram-lhe pelo amor
de Deus e da caridade que admoestasse um frade jovem que havia
naquele convento que não obedecia às regras e que pelo seu procedimento
tão infantil e desordenado perturbava todos daquela família.
Frei Conrado, por compaixão daquele jovem e pelos
pedidos dos frades, chamou à parte o jovem e com fervor de caridade
lhe admoestou com palavras tão eficazes e devotas que o jovem
subitamente mudou, passando a ser obediente, solicito e piedoso.
Adveio, como aprouve a Deus, que poucos dias depois
desta conversão o jovem morreu. Logo após a morte, sua alma
apareceu a Frei Conrado que estava em oração diante do altar,
saudando-o devotamente como a seu pai. Frei Conrado lhe perguntou:
- Quem és?
- Eu sou a alma daquele frade jovem que morreu há
dias.
E Frei Conrado:
E Frei Conrado:
- Ó filho caríssimo, que é feito de ti?
- Pela graça de Deus e pela vossa doutrina vou bem,
porque não estou condenado, mas por certos pecados meus, os quais
não tive tempo de purgar suficientemente, suporto grandíssimas
penas no purgatório. Mas te peço, pai, que, como por tua piedade me
socorreste quando eu era vivo, assim agora queiras socorrer-me nas
minhas penas, dizendo por mim algum Pai-Nosso, porque a tua oração
é muito agradável a Deus.
Então Frei Conrado, consentindo benignamente no pedido, rezou por ele uma vez o Pai-Nosso.
Então Frei Conrado, consentindo benignamente no pedido, rezou por ele uma vez o Pai-Nosso.
Disse aquela alma:
- Ó pai caríssimo, quanto bem e quanto refrigério eu
sinto! Peço-te que o digas uma outra vez.
E Frei Conrado rezou mais uma vez.
- Santo pai, quando tu rezas por mim, sinto-me todo
aliviado; pelo que te peço que não cesses de rezar por mim.
Então Frei Conrado, vendo que aquela alma era tão
ajudada pelas suas orações, rezou por ela cem Pai-Nossos e tendo
terminado, o jovem disse:
- Agradeço-te, pai caríssimo, da parte de Deus pela
caridade que tiveste comigo, porque pelas tuas orações estou livre
de todas as penas e me vou ao reino celestial.
E dito isto partiu aquela alma para o céu.
E dito isto partiu aquela alma para o céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário