Vibra nos céus, afirma São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: “Sancta, Sancta, Sancta, Dei Genitrix et Virgo” e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles dirigem à Nossa Senhora a saudação angélica: Ave-Maria, prosternando-se diante d’Ela e pedindo-Lhe a graça de honrá-los com suas ordens.
Um dos episódios mais
comovedores da Paixão foi a entrega que Jesus fez, no alto da Cruz, de São
João, como filho, a Maria Santíssima, e nele a todos nós. Jesus deu-nos sua
Mãe.
Assim sendo, a devoção à Santíssima Virgem, foi
o assunto escolhido pelo setor feminino dos Arautos em Curitiba a ser abordado com os pais das jovens que participam de suas atividades.
Iniciou-se a exposição com a
narração da história de um menininho cujo nome era João. Era o filho caçula de
uma família muito pobre da Espanha. Devido a falta de comida em casa, cresceu
bem franzino, mas, mesmo assim, não perdeu a alegria e gostava de brincar com
os amiguinhos.
Certo dia, decidiram fazer uma
brincadeira um tanto arriscada: atirar uma vara tão longe quanto conseguissem
no lago pantanoso que havia perto da casa, e depois recolhê-la a partir da
outra margem.
As crianças estavam animadas, atirando e recolhendo os bastões, até que Joãozinho, que nessa época tinha
apenas seis anos de idade, se desequilibrou e caiu na água lamacenta. Foi ao
fundo e voltou à tona, e mais uma vez afundou. Os colegas, não sabendo o que
fazer e não tendo como socorrê-lo, começaram a gritar. Ele ia morrer afogado.
De repente, depois de dois
mergulhos, notou ele a presença de uma senhora de beleza deslumbrante, toda
envolta em luz e sorridente, que lhe estendia a mão alvíssima para tirá-lo do
pântano. Mas o pequeno, temendo sujar de lama a mão daquela dama tão bondosa,
não quis segurá-la. Nessa hora, apareceu na margem um camponês assustado com os
alaridos dos meninos, estendeu uma vara bem cumprida e puxou Joãozinho para
terra firme. Ele estava salvo!
Mais tarde, essa pequena
criança entrou na Ordem do Carmo e foi o grande São João da Cruz. Só muitos
anos depois, quando já era prior do convento, contou que na infância tinha sido
salvo por Maria Santíssima.
Continua o mesmo santo: ‟Os
demônios, que são ladrões finórios, buscam surpreender-nos de improviso para
nos roubar e despojar; espreitam dia e noite o momento favorável ao seu
desígnio, andam incessantemente ao redor de nós, prontos a devorar-nos, e pelo
pecado, arrebatar-nos num momento, tudo que em longos anos conseguimos
alcançar de graças e méritos”.
“É a Virgem, a única fiel, na
qual a serpente não teve parte jamais, que faz este milagre em favor daqueles e
daquelas que a servem da mais bela maneiraˮ.
Nossa Senhora, realizando a vontade de Deus, nos estende a sua mão e nos
impede de pecar ou nos retira do lodo em que caímos por causa de nossa maldade.
Continua no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário