Uma devoção floresce pelo mundo
Atravessando os mares, a
devoção a Nossa Senhora da Luz estendeu-se pelo mundo inteiro, frutificando em
graças prodigiosas, de modo especial nos lugares colonizados pelos portugueses.
São muitos os milagres a Ela atribuídos, e não seria demasiado aqui citar mais
um.
A imagem
original,
milagrosa,
de
Nossa
Senhora da
Luz,
conserva-se no
Museu
Paranaense |
Por volta de 1650, existia num
povoado de colonos do sul do Brasil uma capela dedicada à Senhora da Luz,
localizada perto de um rio chamado Atuba. Seus habitantes andavam muito
perplexos, pois todas as manhãs a imagem da Virgem aparecia com a face voltada
para uma região de muitos pinheiros — curytiba, em idioma tupi — onde viviam os
ferozes índios tingui. Resolveram então desbravar aquela área, e para lá se
dirigiram, dispostos a enfrentar um eventual ataque dos indígenas.
Ao aproximarem-se, qual não foi
sua surpresa quando Tindiquera, o cacique da tribo, adiantou-se sorrindo e os
acolheu calorosamente. Era, sem dúvida, uma milagrosa ação pacificadora da
Virgem. Tornando-se amigo dos colonos, o chefe índio não só lhes cedeu o
terreno que pretendiam, mas indicou-lhes o melhor lugar, fincando sua lança no
solo; os colonos ali a deixaram, em sinal de respeito e amizade. Ao chegar a
primavera, a lança do amistoso cacique floriu. Não eram necessários mais
sinais. Ali mesmo, sob o amparo da protetora imagem, fundaram uma nova vila
cujo nome, como era comum nessa época, mesclava palavras portuguesas e
indígenas: Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curytiba.
Nesse mesmo local ergue-se hoje
uma imponente catedral neo-gótica, testemunho da ação ao mesmo tempo
pacificadora e luminosa da Mãe de Deus.
A admirável invocação de Nossa
Senhora da Luz é um contínuo convite a todos nós para cada vez mais amarmos e
seguirmos o seu Divino Filho, o qual de Si mesmo afirmou: “Eu sou a luz do
mundo; aquele que Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,
12).
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