• sábado, 7 de setembro de 2013

    Nossa Senhora da Luz, a Padroeira de Curitiba (Continuação)

    Uma devoção floresce pelo mundo
    Atravessando os mares, a devoção a Nossa Senhora da Luz estendeu-se pelo mundo inteiro, frutificando em graças prodigiosas, de modo especial nos lugares colonizados pelos portugueses. São muitos os milagres a Ela atribuídos, e não seria demasiado aqui citar mais um.
    A imagem original,
    milagrosa, de
    Nossa Senhora da
    Luz, conserva-se no
    Museu Paranaense
    Por volta de 1650, existia num povoado de colonos do sul do Brasil uma capela dedicada à Senhora da Luz, localizada perto de um rio chamado Atuba. Seus habitantes andavam muito perplexos, pois todas as manhãs a imagem da Virgem aparecia com a face voltada para uma região de muitos pinheiros — curytiba, em idioma tupi — onde viviam os ferozes índios tingui. Resolveram então desbravar aquela área, e para lá se dirigiram, dispostos a enfrentar um eventual ataque dos indígenas.
    Ao aproximarem-se, qual não foi sua surpresa quando Tindiquera, o cacique da tribo, adiantou-se sorrindo e os acolheu calorosamente. Era, sem dúvida, uma milagrosa ação pacificadora da Virgem. Tornando-se amigo dos colonos, o chefe índio não só lhes cedeu o terreno que pretendiam, mas indicou-lhes o melhor lugar, fincando sua lança no solo; os colonos ali a deixaram, em sinal de respeito e amizade. Ao chegar a primavera, a lança do amistoso cacique floriu. Não eram necessários mais sinais. Ali mesmo, sob o amparo da protetora imagem, fundaram uma nova vila cujo nome, como era comum nessa época, mesclava palavras portuguesas e indígenas: Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curytiba.
    Nesse mesmo local ergue-se hoje uma imponente catedral neo-gótica, testemunho da ação ao mesmo tempo pacificadora e luminosa da Mãe de Deus.

    A admirável invocação de Nossa Senhora da Luz é um contínuo convite a todos nós para cada vez mais amarmos e seguirmos o seu Divino Filho, o qual de Si mesmo afirmou: “Eu sou a luz do mundo; aquele que Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).


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