Como todos os internautas
puderam ver em nosso blog, no dia 1 de outubro, celebramos a festa de
Santa Teresinha, mas o nosso destaque a ela não ficou apenas no
blog, no domingo passado o setor feminino dos Arautos do Evangelho de
Curitiba preparou uma reunião para os pais com várias histórias da
santa sendo algumas retratadas em teatro.
***
Certa vez, a freira que lhe
ajustava aquela capa creme de carmelita errou na hora de fechar um
alfinete de gancho, cravando-o na pele de Santa Teresinha. Esta, até
o momento de tirar o hábito para dormir, aguentou o incômodo e a
dor sem gemidos, porque tinha resolvido não recusar nenhum
sacrifício que Deus lhe enviasse. Imagine-se o que seja levar um
alfinete cravado na carne o dia inteiro!
Derivada da fortaleza, a
virtude da paciência “inclina a suportar sem tristeza de espírito
nem abatimento de coração os padecimentos físicos e morais”.1
Segundo Santa Catarina de Sena, a paciência é a “rainha posta na
torre da fortaleza, que vence sempre e nunca é vencida”.2
"A verdadeira caridade
consiste em suportar todos os defeitos do próximo, não estranhar as
suas fraquezas e procurar tirar proveito das suas virtudes, por
pequeninas que sejam." "Querendo aumentar esse amor
(do próximo) no meu coração, e percebendo como o demônio busca
pôr diante dos meus olhos os defeitos desta ou daquela irmã, trato
logo de descobrir-lhe as virtudes ou boas intenções. Reflito
então que, se a vi cair em falta uma vez, bem pode ser que tenha
alcançado muitas vitórias, que oculta por humildade; e o que se me
afigura uma falta foi talvez um ato de virtude, pela intenção que a
moveu a falar ou a proceder dessa maneira. Facilmente me
persuado disto, por tê-lo experimentado em casos que se deram
comigo." 3
Havia no Carmelo uma Irmã
idosa e enferma que quase não podia mais andar. Ninguém conseguia
contentá-la; era preciso sustentá-la na frente e atrás; caminhar
nem muito depressa nem muito devagar; chegando ao refeitório, era
necessário instalá-la de uma certa maneira, dobrar-lhe as mangas a
seu modo, dispor os utensílios, cortar o pão, seguindo suas regras.
A pobre enferma recriminava sempre. Teresa ofereceu-se para
acompanhá-la e ajudá-la, fez-se sua serva. E com que paciência
executou-o, a ponto de fazer sorrir a pobre irmã.
1
ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teologia Moral para seglares. 7.ed.
Madrid: BAC, 1961, v.I, p.432.
2
SANTA CATERINA DA SIENA. Dialogo, apud ARRIGHINI, Il Dio
ignoto: lo Spirito Santo. Marietti: Torino- Roma, 1937, p.411.
3
SANTA TERESA DO MENINO JESUS E DA SANTA FACE. História
de uma alma ed. Carmelo.Marco Canaveses 2006
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