No dia 25 de setembro,
Quarta-feira, os Arautos do Evangelho setor feminino cantaram na
missa, no Hospital São Vicente, de Curitiba – PR, presidida pelo
Bispo auxiliar, Dom José Mário, em honra ao santo patrono São
Vicente de Paulo. No final da missa o Bispo recebeu um exemplar do
livro Inédito dos Evangelhos, escrito pelo fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias.
Quem foi São Vicente de Paulo?
Um santo homem que exerceu
múltiplas funções: Obras de Caridade, Diretor de uma Ordem
Religiosa que estava apenas saindo das mãos de seu grande fundador,
São Francisco de Sales; por outro lado, lutador contra as heresias
de seu tempo e chefe de cruzados.
Um homem que era capaz de
tratar com a rainha e com os prisioneiros de galés; tratar de
doentes e armar um exército. Vejamos sua biografia.
Vicente nasceu de pais
pobres em Pay, na Landae, França, no dia 24 de abril de 1581.
Desde criança guardou os
rebanhos de seu pai. Mas sua viva inteligência fez com que sua
família o mandasse estudar entre os cordelliers de Dax.
Foi depois para Toulouse a
fim de conseguir grau de Doutor e, em 1600, ordenou-se sacerdote.
Após ter sido cativo em Tunis, em 1616 foi incluído no corpo de
capelães da Rainha Margarida de Valois. Durante algum tempo, foi
cura de Clichy e de Chatillon-les-Dombes.
Nomeado grão-capelão das
galeras da França pelo rei, com um zelo maravilhoso, trabalhou pela
salvação dos oficiais e dos remadores.
Indicado por São Francisco
de Sales para o governo das religiosas da Visitação, cumpriu essa
missão durante 40 anos com tal prudência que justificou plenamente
o julgamento do santo prelado, o qual declarou não conhecer padre
mais digno do que Vicente.
Mas sua carreira fez-se
quase que inteira ao serviço da poderosa família dos Gondi. Ele
evangelizou as nove mil almas que viviam em suas terras, e diminuiu a
extensão das ruínas e das misérias produzidas pelas guerras civis
ou com estrangeiros.
Até uma idade bem avançada,
Vicente dedicou-se a evangelizar os pobres e sobretudo os camponeses.
Para isto fez um especial voto, aprovado pela Santa Sé. Preocupou-se
em estabelecer a disciplina eclesiástica, dirigindo seminários para
o Clero, e tendo o cuidado de multiplicar as conferências
espirituais entre os padres.
Enviou evangelizadores não
só através das províncias da França, mas também para Itália,
Polônia, Escócia, Irlanda e Índia.
Protegido pelos reis da
França, assistiu Luís XIII nos seus últimos momentos e foi chamado
por Ana d’Áustria, mãe de Luís XIV, para fazer parte do Conselho
de Consciência.
Lançou os fundamentos de
uma nova Congregação, a dos Lazaristas, e com Santa Luísa de
Marillac criou a Instituição das Filhas da Caridade, ou Irmãs de
São Vicente de Paulo.
Acabado de fadiga, o chamado
Apóstolo da Caridade veio a falecer em 1660. Afirma-se não ter
havido miséria que ele não houvesse socorrido. Cristãos
aprisionados pelos turcos, crianças abandonadas, jovens
indisciplinados, moças em risco de cair no pecado, religiosas
displicentes, pecadoras públicas, condenados às galés,
estrangeiros enfermos, artesãos sem trabalho, os loucos e os
mendigos, todos foram lembrados pelo grande Monsieur Vincent, como
era conhecido naquela época.
( Texto adaptado da Revista
Dr Plinio n.162, setembro 2011)
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